UK calls for Gaddafi death inquiry
Britain has called on the new Libyan government to mount an investigation into the killing of former dictator Muammar Gaddafi.
Defence Secretary Philip Hammond said the reputation of the National Transitional Council had been "a little bit stained" by the way Gaddafi died last week at the hands of his captors.
Graphic footage broadcast around the world showed a wounded and bleeding Gaddafi being taunted and manhandled by fighters loyal to the NTC before apparently being shot.
As Libyans celebrated the country's formal declaration of liberation after 42 years of dictatorship, the chief pathologist Dr Othman al-Zintani said a post-mortem examination had found that Gaddafi was killed by a shot to the head. Mr Hammond said that it was now important to establish exactly what had happened after he was captured on Thursday hiding in a storm drain near his home town of Sirte.
"It is not the way we would have liked it to have happened. We would have liked to see Col Gaddafi going on trial, ideally at the International Criminal Court, to answer for his misdeeds," Mr Hammond told BBC1's The Andrew Marr Show.
"I think that the fledgling Libyan government will understand that its reputation in the international community is a little bit stained by what happened. I am sure that it will want to get to the bottom of it in a way that rebuilds and cleanses that reputation."
International Development Secretary Andrew Mitchell, however, said that the fighters had acted in the "heat of battle" at what was an "extremely confusing moment".
"It's difficult for us, from the comfort of Britain, to put ourselves into the position of the soldiers and those who were involved in the capture of Gaddafi, and I think the best accounts are those that have come from the Libyans themselves," he told the BBC1 Politics Show.
Foreign Secretary William Hague has welcomed the national declaration of liberation announced by NTC leader Mustafa Abdul Jalil before jubilant crowds in Benghazi - the birthplace anti-Gaddafi revolt.
"The Libyan people now have the chance to work together in a new political process, leading to a pluralistic and open society under the rule of law," he said. "That opportunity is within their grasp and we urge them to seize it, avoiding retribution and reprisals and ensuring that national reconciliation and reconstruction go hand in hand."
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(Resumo da matéria: O Reino Unido pediu ofialmente que fosse aberto um inquério ao governo rebelde da Líbia no poder do país, sobre as circunstâncias em que ocorreu a morte do Coronel Kadhafi, em razão dos vídeos exibidos pela mídia mundial. O Ministro da Defesa Britânico Philip Hammond, disse em entrevista à BBC1, que não era essa a maneira desejada que os fatos ocorressem, e que os vídeos mancharam um "pouco" a imagem do povo líbio e do governo de transição frente a comunidade internacional. Teria sido preferível, naturalmente, que o Coronel Kadhafi tivesse sido capturado e levado à Corte Internacional para ser julgado, e que um inquérito contribuiria para limpar e reconstruir a reputação do povo líbio. Apesar da justificativa de que a ação teve lugar sob o calor do momento de batalha, fica difícil para a comunidade internacional compreender o ocorrido.)
(Resumo da matéria: O Reino Unido pediu ofialmente que fosse aberto um inquério ao governo rebelde da Líbia no poder do país, sobre as circunstâncias em que ocorreu a morte do Coronel Kadhafi, em razão dos vídeos exibidos pela mídia mundial. O Ministro da Defesa Britânico Philip Hammond, disse em entrevista à BBC1, que não era essa a maneira desejada que os fatos ocorressem, e que os vídeos mancharam um "pouco" a imagem do povo líbio e do governo de transição frente a comunidade internacional. Teria sido preferível, naturalmente, que o Coronel Kadhafi tivesse sido capturado e levado à Corte Internacional para ser julgado, e que um inquérito contribuiria para limpar e reconstruir a reputação do povo líbio. Apesar da justificativa de que a ação teve lugar sob o calor do momento de batalha, fica difícil para a comunidade internacional compreender o ocorrido.)
GADAFI, GADHAF, GADDAFI, KADHAFI ou qual seja o nome que esse terrível ditador da Líbia venha a ser chamado, uma coisa é certa ele não devia ter sido personagem principal dos vídeos disponibilizados no YouTube pela TV Al-Jazzera na última sexta-feira, dia 20 de outubro de 2011.
Naquele dia no meu Diário Histórico manuscrito escreví:
LÍBIA - KADHAFI MORTO
"Na manhã de hoje, as forças rebeldes da Líbia, apoiadas pelo Ocidente (OTAN, ONU, EUA, UK, FRANÇA, ITÁLIA), dirigiram-se à cidade natal do general Kadhafi e após forte confroto armado Kadhafi foi morto. Com modos de extrema barbarísmo, os ex-ditador após ter sido capturado vivo caiu nas mãos das forças rebeldes e acabou assassinado. Os rebeldes levaram o corpo de Kadhafi pelas ruas o despindo até que ficasse nú com práticas de violência. A cena brutal foi transmitida pela TV Al-Jazzera e disponibilizadas no YouTube.
É visível que o homem é mesmo Kadhafi, mas parece que durante as cenas de brutalização de seu corpo ele está agonizando e não morto. É impossível após ver os vídeos considerar o comportamento dos rebeldes digno de heroísmo em qualquer aspecto, tão lamentável e vil que é. Todavia, agiam como se agir daquela maneira bárbara fosse "honroso."
Vendo os discursos dos líderes internacionais envolvidos na questão da Líbia, com sua gravidade e arrogância, parecia até que nenhum deles tinha dignado-se a ver os vídeos da TV-Al Jazzera, ou pior, pareciam que concordavam com tal comportamento digno da Revolução de Cromwell (UK) ou da Revolução Francesa. Deveriam ter lamentado que a liberdade tivesse sido alcançada de uma maneira tão indigna para os padrões de civilidade do século XXI. Não podemos aceitar mais que tais padrões de comportamento se repitam. Infelizmente foi justamente a maneira como os EUA deram fim a Osama Bin-Laden que permitiu tal show de horrores na Líbia. O procedimento correto deveria ter sido a captura desses crápulas vivos e o devido julgamento no Tribunal Internacional por seus crimes contra a Humanidade, tal como ocorreu com Sadam Russein. A justiça pelas próprias mãos sem um julgamento dentro do procedimento jurídico e sem o direito a defesa não pode ser aceito em nenhuma circunstância. Não é só um desrespeito a jurisprudência internacional, mas é permitir que qualquer indivíduo se coloque acima da Lei. E, ninguém deveria jamais estar acima da Lei,e é por isso que a Lei existe!
Em seu discurso de 2 de março último, Kadhafi disse que lutaria até a morte se fosse preciso e que morreria lutando na Líbia, e assim profetizou o próprio destino. No dia 19 de março, teve início a batalha contra a Líbia, com a missão militar da OTAN, "Alvorada da Odisséia," com o objetivo de fechar o espaço aéreo da Líbia. Era esperado que a derrubada de Kadhafi se desse em pouco dias. Contudo, foi preciso exatamente 8 meses e 1 dia para que a "vitória" fosse obtida. Kadhafi pode ter tido amplas oportunudade de fugir ou abandonar o poder, mas decidiu permanecer, pois esta era a sua própria visão patriótica, mesmo que seu proceder fosse condenável.
Contudo a morte de Kadhafi não será garantia de que haverá "paz" na Líbia, muito menos que os países Ocidentais conseguirão o que desejam: o acesso livre às reservas de petróleo líbio. Porquanto, esses líbios, que parecem os "aliados" de hoje, poderão ser os inímigos de amanhã.
É no mínimo curioso que a morte de Kadhafi tenha se dado exatamente após poucos dias da visita surpresa da Secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton ao governo rebelde da Líbia, em Tripoli. Coincidência que não passou desapecebida aos olhares mais atentos. O que torna o "lavar as mãos" ao modo de Pilatos um pouco desconfortável aos EUA.
Certo é que a situação do Oriente Médio contínua cada dia mais grave e a morte de Kadhafi ao melhor estilo de "malhação de Judas" pode vir a estimular levantes ainda mais violentos e sanguinários dos que já estão acontecendo, por exemplo, na Síria. A violência gera mais violência, e assim a paz afasta-se do Oriente Médio, que poderá a qualquer momento tornar-se um Inferno na Terra."
Ontem, em uma cena mais repugnante ainda, o corpo de Kadhafi apareceu nas TVs como BBC E CNN, sendo exposto no frizer caseiro de um "açougue," e os líbios fazendo fila para ver o corpo do ex-líder que algum dia fora aclamado por seu povo como um "herói da Pátria." É preciso recordar que se Kadhafi permaneceu no poder por mais de 40 anos na Líbia foi porque o próprio povo líbio consentiu, senão já teria sido deposto como tantos outros ditadores desse mundo o foram. Além do mais os "jogos do poder internacional" contribuiram para sua permanência. Por favor que ninguém seja hipócrita! Não nos dias de hoje em que a "mentira" já não tem muito lugar nesse mundo.
Honestamente, não dá para engulir que no Sudão centenas e centenas de pessoas, na maioria cristãos tenham sido CRUXIFICADAS nos últimos anos, e nenhuma Nação poderosa tenha se dignado a levantar um dedinho sequer para impedir, e ninguém falou em "crimes contra a Humanidade" e nem foram lá despejar algumas bombas para parar com o massacre. No que diz respeito a atual situação da Síria, uma intervenção das forças bélicas Ocidentais está longe de ocorrer. Então, a questão da Líbia encerra um forte interesse de $$$$$, e não a liberdade do "sofredor" povo líbio, antes fosse, pois esse povo teria tido o direito à liberdade democrática há muitos anos.
Não interessa como os "vencedores" vão contar os presente fatos históricos ocorridos na Líbia, a verdade é que a maneira como essa "vitória" foi alcançada apresentou ao mundo o povo líbio como um povo bárbaro, confirmando a teoria que na Humanidade Contemporânea existe vários estágios civilizatórios. e que nem todos os povos teriam educação cultural suficiente para compreenderem que a Democracia é muito mais que uma forma de governo, mas principalmente uma educação democrática de respeito às normas comportamentais baseadas não só em "liberdades," mas em deveres dos cidadãos e de respeito à ordem legal. E o "linchamento" de Kadhafi foi um desrespeito às leis que regem os conflitos bélicos internacionais, e por esse motivo deve ser investigado, pois um "crime" foi sem dúvida cometido. E, os aliados Ocidentais que apoiaram os rebeldes líbios não podem afastarem-se de sua responsbilidade com o fato para não tornarem-se cumplices do mesmo crime. Se deixarem esse fato sórdido passar impunemente, os países Ocidentais envolvidos correm o rísco de serem obrigados a "engolir" sem um único "aí," num futuro não tão distante, que o ocorrido com Kadhafi na última sexta-feira possa vir a acontecer com algum poderoso aliado, como por exemplo, o rei Abdullah da Arábia Saudita. Pois o problema na Arábia Saudita não é muito diferente do que osobservados nas últimas décadas na Líbia. Se existe uma diferença é que Kadhafi era um líder surgido do povo e nunca teve nenhuma coroa na cabeça, apesar de agir como se tivesse. Assim, é melhor prevenir do que remediar, pois se uma coisa dessa acontece com o Rei Abdullah ou qualquer poderoso do nível dele no Oriente Médio a situação ficará complicadíssima para os poderosos do Ocidente.
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