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terça-feira, 27 de novembro de 2012

2012 UM ANO PERDIDO, 2013 SEM HORIZONTE...




As questões sociais emergenciais crescentes deixaram em segundo plano qualquer reflexão da urgência ambiental, como se uma coisa não tivesse nenhuma dependência com a outra. Fica-se a duvidar da capacidade intelectual de certos governantes dos países desenvolvidos, que parecem não conseguir pensar nas consequências de suas decisões, que são focadas apenas em conseguir uma saída rápida para a  crise na Europa e  consolidar a recuperação econômica dos Estados Unidos até o final de 2012. Esses líderes mundias parecem terem perdido a capacidade de visualizar cenários à longo prazo,  parecendo não se darem conta que um estado de recessão já chegou aos seus países, devendo-se assomar a este quadro recessivo o agravamento crescente das emissões dos gases responsáveis pelas mudanças climáticas. Porquanto o desastre ambiental previsto pelos cientistas já está ocorrendo.

Um cenário catastrófico agravou ainda mais o quadro social desses países, já abalados com os aumentos da taxa de desemprego, de empresas em falência, da inflação e de impostos assomados aos corte brutais nos serviços públicos e de assistência social, trazendo  graves riscos para a democracia e até mesmo ao processo civilizatório. Na busca de soluções imediatistas os países desenvolvidos não estão interessados em soluções que contemplem um “desenvolvimento sustentável,” por sua vez os países em desenvolvimento empenham seus esforços na consolidação do crescimento econômico obtido na última década, e num cenário mundial caótico e instável, suas decisões estratégicas nem sempre poderão contemplar planos  atrelados à sustentabilidade.

Os governos dos países desenvolvido estão reféns do sistema financeiro e estão impondo às suas sociedades enormes perdas em termos de bem-estar, e seus líderes não parecem qualificados no momentro para articularem qualquer plano emergencial no caso de um cenário catastrófico, porquanto não conseguem nem se dar conta dos riscos de suas escolhas erradas atuais, quanto mais num momento crucial. E a impresa que deveria informar o público, engolfada também com a crise econômica, tornou-se incapaz de cumprir o seu papel. O que vemos é uma crescente desinformação, a qual impede que por ignorância ao que realmente acontecendo as pessoas possam tomar as decisões mais corretas tanto para  subsistirem como para sobreviverem no caso de um agravamento do cenário mundial, seja em caso de catástrofe natural ou por causada do comportamento destrutivo humano.

É inegável que o comportamento destrutivo humano pode ser tão letal quanto uma catástrofe natural. Por exemplo, as consequências do ataque terroristas de 11 de setembro de 2001 foram muito mais desastrosas que o próprio ataque em si, pois afetaram todo o mundo durante a primeira década do presente século, não só ocasionou duas guerras militares, a do Iraque e do Afganistão, como ressucitou o clima da Guerra Fria com a chamada “Guerra contra o Terrorísmo,”  a qual permitiu que grande parte da população mundial perdesse os seus direitos de liberdade individuais, mesmo que ninguém se desse conta disso, a partir do momento que foi instalada uma grande rede de vigilância das vidas privadas dos cidadãos de vários países alinhados aos EUA e foram estabelecidas leis emergenciais de segurança que passaram a permitir a prisão de pessoas sob a menor suspeita, em alguns casos resultando até em morte brutal de inocentes. Por sua vea, a Internet, que naquele momento tinha seu deslanchar, tornou-se fonte provedora dos serviços de inteligência do Ocidente, a ela assomaram-se os telefones celulares de última geração, e logo qualquer pessoa poderia ser localizada facilmente por um serviço de GPS.

Toda essa mudança na área de comunicação teve sua consequência de forma mais dramática em 2008, quando em razão da especulação e manipulação de dados na área mercadológica, que permitira que tanto bancos como pessoas fisícas tornassem o mundo num imenso casino desde 2006, eclodisse uma “bomba financeira” no mercado global, derrubando instituições financeiras e bolsas de valores mundo a fora. Analistas econômicos de conceituados orgãos da mídia, disseram-se surpreendidos, quando na verdade ou estavam cegos ou estavam macumunados com os especuladores do mercado. No ano início do ano de 2008, era impossível não ter passado desapercebida a qualquer analísta que se preze a súbita valorização do Euro frente ao dólar, como seria aquilo possível? Não havia base sólida na economia européia para tal feito, para que o Euro valesse mais que o dólar.  Tanto que não tinha que está aí a crise do Euro desde o ano de 2011 está a sacudir em águas tempestuosas a economia global.

Em consequência da crise de 2008, milhões de pessoas foram levadas à pobreza e perderam suas casas, posses e empregos, sem que os governos dos países envolvidos na tramóia lhes prestassem socorro, seus governos preferiram socorrer com milhões de dólares as instituições financeiras trambiqueiras. As medidas tomadas para a crise de 2008 não passaram de pura maquiagem de palhaço, só serviram, como se dizia no passado, para “inglês ver". Logo, tudo o que estamos vendo acontecer no hemisfério Norte desde 2011, principalmente na Europa, deve-se a falta de escrúpulos de alguns de seus governantes, que em vez de pensarem no bem-estar de seu povo pensaram tão apenas no bem-estar daqueles que os elevaram ao poder, os banqueiros e os magnatas da Mídia e do Mercado, que bancaram suas campanhas eleitorais. Não dá para compreender que os europeus, ditos tão esclarecidos, não tenham atentado para o fato que a “Bancocracia” estava a governar o mundo com a cumplicidade desses “magnatas” desde a década de 1990, fato esse que os brasileiros deram um basta a partir de 2002, justamente nós, que fomos chamados no passado de “não confiáveis” pelo presidente francês Charles De Gaulle. Pois bem, agora somos nós que julgamos que certos europeus “não confiáveis.”

A chamada “Primavera Árabe” de 2011, que só foi possível em razão das  chamadas “redes sociais” da Internet, que mobilizaram os descontentes islâmicos com mensagens em seus celulares, mensagens essas muitas vezes enviadas por internautas ocidentais, que não viviam na região, e consideraram-se a sí próprios como heróis por estarem libertando o povo islâmico de suas ditaduras implantadas na década de 1970, continuou sua cadenciada ação de destruição e morte  em 2012. Novamente, esses “heróis” não mediram em nenhum momento as consequências de seus atos, não só para o povo islâmico como para o resto do mundo.

Por sua vez, Israel está cada vez mais isolado, ou melhor ilhado de inimigos por todos os lados. Não surpreendeu portanto a ninguém que 2012 trouxe no seu bojo o ovo da serpente que fará eclodir uma guerra sem precedentes no Oriente Médio. Porquanto o hemisfério Norte parece só conseguir sustentar seu progresso através das guerras que promove, e possivelmente seus líderes políticos considerem que essa seria a única maneira deles assegurarem que o mundo que construiram nas  últimas décadas não lhes caia na cabeça.

Em termos de fatos históricos, a HEGEMONIA apesar de tantas vezes buscada incansavelmente pela civilização humana desde a Torre de Babel, não parece ter uma condição perene. E mais uma vez, possivelmente em 2012, será exatamente a hegemonia a causa da desunião de blocos políticos e culturais do mundo. A União Européia dificilmente resistirá ao crescimento dos conflitos de interesses entre os seus membros. O Reino Unido tem assinalado fortemente seu desejo de saída da UE, e a consulta popular marcada para maio de 2012 não aconteceu, nem foi lembrada por conta dos festejos do Jubileu da Rainha Elizabeth, e ao que parece será adiado para 2015. Afinal o Reino Unido sempre esteve à parte do Europa continental, e nem chegou a adotar o Euro e nunca gostou da ingerência dos europeus em seu negócios e interesses. Os chamados “eurocéticos” deverão ganhar nessa questão, ao menos conseguiram um tempo para fazer seu marketing até que venha um referendo, que ficará na fila pois em 2013 será o referendo das Falklands (Malvinas) em que os habitantes decidirão se preferem ser britânicos ou argentinos, em 2014 serão os escoceses que decidirão se a Escócia continuará com o Reino Unido ou vai ser independente. 

A Alemanha, que já teve que ver o seu vigoroso progresso virar pó com a assimilação da Alemanha Oriental, a partir de 1989, dificilmente estará disposta a arcar sózinha com o ônus de sustentar a existência da União Européia e do seu Euro. Resta a França, estando aliada nesse momento à Alemanha, deverá seguir na direção que esta tomar. Nesse contexto, Portugal, Espanha, Itália e outros membros já combalidos deverão sofrer uma derrocada em seus interesses. Provavelmente, a Europa vai virar um salve-se quem puder, e mais uma vez a tentativa de hegemonia irá por água à baixo.

A hegemonia islâmica também estará como um castelo de cartas caindo, com consequências inimagináveis e incalculáveis para todo o mundo. Com este cenário caótico mundial, a hegemonia comercial norte-americana com base no dólar, estará também deveras ameaçada, já que a China passou a ser o maior parceiro econômico dos EUA, não gostou nem um pouco das investidas do presidente norte-americano em confrontar sua liderança.

 O ano de 2012, já veio acompanhado de uma profecia de final dos tempos com data marcada para 21 de dezembro de 2012, todavia mais parece que a profecia de Jesus da “grande turbulência” já começou em 9 de setembro de 2001, data em que a PAZ NA TERRA PARA TODOS OS HOMENS passou a ficar cada dia mais e mais distante, pois desde então está a revigorar a todo instante os esforços humanos em busca de uma nova guerra mundial, e de tal maneira a guerra é buscada que acabará por alcançar seus funestos objetivos. É mais fácil a catástrofe apocalíptica vir pelas mãos humanas do que pela ação da Natureza, que apesar de todo seu poder e força é muito mais piedosa e misericordiosa do que qualquer ação humana destrutiva.

Assim, aos brasileiros dei o meu conselho para 2012, que ficassem atentos e vigiassem, cuidassem e zelassem pelas conquistas alcançadas, poupassem suas riquezas e as conservassem, não gastassem além do que pudessem, que fossem conscientes e agissem com sabedoria, não se envolvendo em questões que não lhes diziam respeito e continuassem trabalhando, estudando e se esforçando para tornar o Brasil um país não apenas melhor, mas também onde a PAZ fosse sempre nosso bem maior. E, pedia, que em nome do Brasil estivessemos todos unidos, firmes e fortes, para defendê-lo e protegê-lo dos tempos de turbulência que já despontavam no ocaso de 2011 e que já anunciava a aurora de um 2012 sem perspectiva de tempos melhores. Quem seguiu o conselho possivelmente chegou a esse final de ano tranquílo, quanto ao resto deve estar sem durmir com a economia brasileira devagar, a passo de lesma.

Pois é meus queridos leitores, parte desse texto eu copiei da minha publicação DE 2011 EM PERSPECTIVA A 2012 SEM PERSPECTIVA e fiz algumas pequenas alterações para ajustá-lo ao momento presente. Não se sintam enganados, simplesmente compreendam que 2012 foi um ano perdido, onde não avançamos nada, ao contrário e contínuamos neste final de ano sem nenhuma perspectiva de melhora para 2013. 

Eu cheguei recentemente a um ponto de perda de paciência que resolvi aposentar-me como analísta política, e não estou a fim mais de ficar preocupando-me e importando-me com o destino mundial, ao meu ver de modo geral os políticos e os líderes mundiais do presente são por demais hipócritas, mentirosos, ladrões, corruptos etc e tal. Não dou um tostão por nenhum. Por sua vez grande parte das pessoas estão tão alienadas em seu próprio mundinho de prazeres físicos e materiais que é uma perda de tempo tentar fazer qualquer coisa além de cuidar da própria vida.  Deste modo, eu chego a este final de ano com a consciência tranquíla, fiz o que estava ao meu alcance para contribuir para um mundo melhor para todos. O tic-tac do relógio não pára e o tempo vai passando, ando pensando muito que Deus deu-me a experiência de ser feliz neste mundo tão controverso, já sofri por décadas e agora fui contemplada com a graça da felicidade, não posso desperdiçá-la por conta da estupidez alheia, seria uma tremenda ofensa contra meu Deus Amado e eu não poderia fazer isso de maneira nenhuma.  

Eu pretendo usufruir desses dias de felicidade até a nova data para o mundo acabar, em 21 de dezembro de 2012, assim eu poderei levar boas lembranças e até dizer que foi possível ser feliz nesse mundo caótico que conheci. Mas, caso o mundo não explodir, e por um milagre divino eu puder ver o horizonte de 2013, o qual não consigo ver agora, eu também já decidi: eu vou continuar sendo feliz até que Deus queira. E, que Ele permita que eu o seja até o final dos meus dias, velhinha cheia de anos e sempre sorridente, pois no meu "mundinho" o bem viceja, a paz é presente e o amor reina. Quanto ao tal Mundo dos outros, ele que cuide de si mesmo até a próxima data para explodir!!!! E, por favor, ninguém me peça para apoiar qualquer CAUSA humanitária, poítica, religiosa ou coisa que o valha, eu estou cansada de ser feita de palhaça, meu tempo de credulidade nas pessoas acabou!!! É a minha vez de cuidar da minha própria vida!!!!  E se o mundo lá fora quiser explodir que exploda, eu não tenho nada a ver com isso!!! Bye-Bye, so long, very well!!!


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